QUÊNIA
O Quênia é um país de praticamente uma única
modalidade esportiva, no caso o Atletismo, mas que possui uma riquíssima
história olímpica, por dominar amplamente e continuamente as provas em que
exibe excelência. Em toda a história olímpica somente chegou ao pódio no
Atletismo e no Boxe. Porém, sua excelência no Atletismo o coloca entre os grandes
destaques dos Jogos Olímpicos. Além disso, Quênia e Etiópia são o lado forte da
chamada África Negra, cuja pobreza e miséria é explorada amplamente nos meios
de comunicação. Os feitos dos atletas quenianos servem para mostrar que aquela
região do planeta não é formada apenas por gente pobre e faminta, mas por
pessoas resistentes e capazes de feitos notáveis. O Quênia começou sua
participação olímpica somente em 1956, em Melbourne, Austrália. Entretanto, já
em 1964, em Tóquio, Japão, obteve sua primeira medalha olímpica, uma de bronze,
na prova masculina de 800m. Em 1968, na Cidade do México, em plena altitude,
demonstrou uma grande força ao conquistar 9 medalhas, 3 de ouro. Pela primeira
vez conquistou medalha também no Boxe, modalidade que passou a garantir pódio
para o Quênia juntamente com o Atletismo até 1988. Em 1972, em Munique,
Alemanha Ocidental, novamente chegou a 9 medalhas, mas apenas 2 de ouro. Em
1976, apoiando o boicote da África Negra aos Jogos de Montreal, Canadá, e em
1980, apoiando o boicote dos EUA aos Jogos da União Soviética, esteve ausente
das edições olímpicas. Voltou em 1984m em Los Angeles, mas para a conquista de
apenas 3 medalhas, 1 de ouro. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, realizou a
melhor campanha de sua história até então, somando 9 medalhas, 5 de ouro,
quatro delas no Atletismo e uma no Boxe, a primeira de sua história fora do
Atletismo. Em 1992, em Barcelona, Espanha, apenas com o Atletismo subindo no
pódio, somou 8 medalhas, 2 de ouro. Em 1996, em Atlanta, a campanha foi pior, 8
medalhas, 1 de ouro. Entretanto, as mulheres conquistaram sua primeira medalha
olímpica, iniciando um importante processo dentro do esporte queniano. Desde
então, as mulheres sempre estiveram presentes no pódio. Em Sidney-2000 e
Atenas-2004, conquistou 7 medalhas, sendo 2 de ouro em 2000 e uma em 2004.
Entretanto, a grande atuação do Quênia na história olímpica ocorreu nos Jogos
de 2008, em Beijing, na China, com a conquista de 14 medalhas, 6 delas de ouro.
As mulheres foram responsáveis por 5 medalhas, sendo que 2 delas de ouro,
chegando ao topo do pódio pela primeira vez na história e consolidando a grande
revolução do esporte queniano. Em Londres-2012 a tendência é de que o Quênia
consiga atingir desempenho parecido, já que nos mundiais até 2011 somou 17
medalhas, 7 delas de ouro. Porém, todas as suas conquistas vieram do Atletismo.
Passaremos ao estudo das possibilidades de conquista de medalha por parte do
Quênia nos Jogos Olímpicos de 2012. ATLETISMO. O Quênia
obteve todas as suas 17 medalhas, 7 de ouro, nas competições de Atletismo do
mundial de 2011. O país é a terceira força mundial da modalidade, duelando com
a Rússia pelo segundo posto. Domina as provas de meio-fundo e de fundo tanto
entre os homens quanto entre as mulheres. Entre os homens, na disputa de 800m,
David Rudisha, campeão mundial em 2011 e líder do ranking mundial de 2009 a
2011, é o grande favorito à medalha de ouro. Deverá ser acompanhado por Leonard
Kosencha e Job Kinyor. Na de 1500m, Asbel Kiprop, campeão olímpico de 2008 e
mundial de 2011, Silas Kiplagat, líder do ranking mundial de 2010, e Nixon
Chepseba, terceiro no ranking mundial de 2011, são fortíssimos candidatos ao
pódio. Na competição de 5.000m, Isiah Koech, terceiro colocado no ranking
mundial de 2011, e Vincent Chepkok, segundo colocado no ranking mundial de
2010, são nomes fortes para entrar na briga contra o norte-americano Lagat, o
britânico Farah e os etíopes. Há ainda Eliud kipchoge, líder do ranking mundial
de 2010. Na de 10.000m, Wilson Kiprop e Moses Masai tentarão a vitória numa
prova que o Quênia só venceu em 1968, com Naftali Temu. Na Maratona, o
bicampeão mundial Abel Kirui é o grande favorito à conquista da medalha de ouro
e terá a companhia de Moses Mosop e Wilson Kipsang. Na prova de 3.000m com obstáculos,
Paul Kipsiele Koech, Richard Mateelong, Brimin Kipruto, Ezekiel Kemboi ou
qualquer outro classificado na equipe queniana, deverão manter a invencibilidade
do país na prova, algo que perdura desde 1968. Entre as mulheres, o Quênia
também deverá se empanturrar de medalhas. Na prova de 800m, Pamela Jelimo,
campeã olímpica em 2008, e Janeth Jepkosgei, medalhista nos mundiais de 2009 e
2011, serão fortes candidatas ao pódio. Na distância de 1.500m, Hellen Obiri é
uma grata surpresa na prova e poderá atuar juntamente com Faith Kipyegon e Nncy
Lagat, campeã olímpica em 2008. Na prova de 5.000m, Vivian Cheruiyot, campeã
mundial em 2009 e 2011, é candidata à medalha de ouro e poderá estar
acompanhada no pódio das compatriotas Sally Kipyego, Viola Kibiwot ou Sylvia
Kibet. Na distância de 10.000m, Vivian
Cheruiyot, campeã mundial em 2011, Sally Kipyego, Linet Masai e Florence
Kiplagat são fortíssimas candidatas ao pódio. No mundial de 2011, Cheruiyot,
Kipyego e Masai monopolizaram o pódio. Na Maratona, Edna Kiplagat, campeã
mundial em 2011, Priscah Jeptoo, prata no mundial de 2011, e Mary Keitany,
atual líder do ranking mundial, tentarão monopolizar o pódio. Na prova de
3.000m com obstáculos, Milcah Cheywa, bronze nos mundiais de 2009 e 2011 e
líder do ranking mundial de 2012, poderá obter a primeira medalha de ouro do
Quênia na versão feminina de uma prova que o país domina desde 1968 entre os
homens. BADMINTON,
BASQUETEBOL, BOXE, CANOAGEM, CICLISMO, ESGRIMA, FUTEBOL, GINÁSTICA, HANDEBOL,
HIPISMO, HÓQUEI SOBRE A GRAMA, JUDÔ, LEVANTAMENTO DE PESO, LUTA GRECO-ROMANA,
LUTA LIVRE, NADO SINCRONIZADO. Sem chance de
medalha. NATAÇÃO. O Quênia possui um bom representante na prova masculina de
100m, estilo borboleta. Trata-se de Jason Dunford, que poderá chegar à final
olímpica. PENTATLO
MODERNO, PÓLO AQUÁTICO, REMO, SALTOS ORNAMENTAIS, TAEKWONDO, TÊNIS, TÊNIS DE
MESA, TIRO AO ALVO, TIRO COM ARCO, TRIATLO, VELA, VOLEIBOL E VOLEIBOL DE PRAIA. Sem chance de medalha.
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