domingo, 31 de julho de 2011

NATAÇÃO - MUNDIAL 2011


NATAÇÃO

País
Total
Ouro
Prata
Bronze
NP
EUA
25
15
4
6
20
CHN
12
4
2
6
11
AUS
11
2
7
2
11
FRA
8
2
2
4
7
ALE
6
-
1
5
6
ITA
5
2
3
-
5
RUN
5
2
3
-
5
HOL
5
1
1
3
4
JAP
5
-
3
2
5
HUN
3
1
-
2
3
CAN
3
-
2
1
3
RUS
3
-
2
1
3
DIN
2
1
1
-
2
GRE
2
1
-
1
2
BIE
1
1
-
-
1
BRA
1
1
-
-
1
COS
1
1
-
-
1
NOR
1
1
-
-
1
SUE
1
1
-
-
1
POL
1
-
1
-
1
AFS
1
-
-
1
1
TOTAL
102
36
32
34
34


Masculino

50L
BRA
ITA
FRA
100L
AUS
CAN
FRA
200L
EUA
EUA
ALE
400L
COS
CHN
ALE
1500L
CHN
CAN
HUN
100C
FRA
FRA
-
JAP
200C
EUA
JAP
EUA
100P
NOR
ITA
AFS
200P
HUN
JAP
ALE
100B
EUA
POL
EUA
200B
EUA
JAP
CHN
200M
EUA
EUA
HUN
400M
EUA
EUA
JAP
4X100L
AUS
FRA
EUA
4X200L
EUA
FRA
CHN
4X100M
EUA
AUS
ALE
10KM
GRE
ALE
RUS


Feminino

50L
SUE
HOL
HOL
100L
DIN
BIE
-
HOL
200L
ITA
AUS
FRA
400L
ITA
RUN
FRA
800L
RUN
DIN
EUA
100C
CHN
RUS
EUA
200C
EUA
AUS
HOL
100P
EUA
AUS
CHN
200P
EUA
RUS
CAN
100B
EUA
AUS
CHN
200B
CHN
RUN
CHN
200M
CHN
AUS
EUA
400M
EUA
RUN
AUS
4X100L
HOL
EUA
ALE
4X200L
EUA
AUS
CHN
4X100M
EUA
CHN
AUS
10KM
RUN
ITA
GRE



Os Estados Unidos foram o grande destaque do campeonato mundial de Natação encerrado dia 31 de Julho em Shangai, China, somando um total de 25 medalhas, incluindo 15 de ouro, nas provas que fazem parte do programa olímpico. Ficaram bem à frente dos demais países, com a China num distante segundo lugar, com 12 medalhas, 4 de ouro, e a Austrália em terceiro lugar, com apenas 11 medalhas, 2 de ouro. A França se colocou numa condição intermediária, com 8 medalhas, 2 de ouro, ainda assim o suficiente para garantir a quarta colocação. 
As competições masculinas foram dominadas pelos EUA, que somaram 14 medalhas, 8 de ouro, em 17 provas do programa. Foram seguidos pela França, 6 medalhas, 2 de ouro, pela Alemanha e pelo Japão, 5 medalhas cada um, mas nenhuma de ouro. Apesar de terem dominado as provas masculinas, os EUA dependeram exageradamente dos desempenhos de seus dois grandes astros, Michael Phelps e Ryan Lochte. Phelps somou 7 medalhas, incluindo as de ouro nas provas individuais no estilo borboleta, enquanto Lochte saiu-se vencedor em 4 provas individuais: 200m costas, 200m livre, 200m e 400m medley. Ambos foram decisivos para a vitória dos EUA no revezamento 4x200m livre, e Phelps também foi fundamental para o sucesso no revezamento medley. Portanto, produziram todas as vitórias norte-americanas. A grande surpresa foi a China, que conseguiu se inserir entre as forças da natação masculina, com 4 medalhas, 1 de ouro, graças principalmente à atuação do grande nadador Sun Yang, vencedor da prova de 1500m, estilo livre. Se os chineses mantiverem sua evolução, poderão assumir a segunda posição nas competições masculinas, uma posição que anda, de certa forma vaga por causa da inconsistência dos demais países. A França teve um bom desempenho, mas suas medalhas de ouro foram produto de um duplo empate entre seus nadadores Stravius e Lacourt nos 100m costas. Os velocistas franceses, de certa forma, decepcionaram com apenas duas medalhas de bronze nas provas individuais. Para Londres-2012, tudo dependerá da evolução do jovem Yannick Agnel, que não conseguiu obter medalha nas provas em que tinha certo favoritismo, os 200m e 400m, estilo livre. O Japão mostrou uma boa força, mas terá muitas dificuldades em Londres-2012, já que seus competidores não conseguem fazer frente aos norte-americanos Lochte e Phelps. Irie está muito aquém de Lochte no estilo costas, enquanto Matsuda ainda não é páreo para Phelps no nado borboleta. A Alemanha possui bons nadadores, mas ainda coadjuvantes. Paul Biedermann, destaque com os maiôs tecnológicos em 2009, bronze nos 200m e 400m livre em 2011, precisa evoluir muito para chegar a melhores posições. Quanto às decepções, a Austrália merece menção, com apenas 3 medalhas, mesmo sendo 2 delas de ouro. Com tanta tradição a seu favor, apresentou apenas um grande nadador em Shangai, James Magnusen, campeão dos 100m livre e do revezamento 4x100m livre. Talvez melhore sensivelmente com o retorno do grande Ian Thorpe às piscinas e volte a figurar entre os grandes em Londres-2012. O Reino Unido foi outra grande decepção, ao não chegar ao pódio em qualquer prova, desempenho desastroso para um país que será sede dos Jogos Olímpicos ano que vem. E como não poderia deixar de ser, já há algum tempo figurando na lista de decepções, não poderíamos deixar de mencionar a Rússia, que se limitou apenas à medalha de bronze na prova de 10 km, passando em branco em todas as disputas masculinas nas piscinas. É um enorme contraste com o passado da antiga União Soviética, que era a segunda força mundial nas competições masculinas, atrás apenas dos EUA, e que teve a Rússia como grande expoente ainda nos anos 90. Mas em Shangai, na piscina, a Rússia não obteve medalha na natação masculina, e ainda ficou de fora de finais de revezamento.   
Os Estados Unidos foram o grande destaque das competições femininas, com um total de 11 medalhas, incluindo 7 de ouro. Foram seguidos pela China, 8 medalhas, 3 de ouro, e pela Austrália, também 8 medalhas, mas nenhuma de ouro. O Reino Unido, com 5 medalhas, 2 de ouro, e a Holanda, também 5 medalhas, mas 1 de ouro, ficaram nas posições seguintes. Os Estados Unidos compareceram ao mundial com um equipe muito equilibrada e homogênea, com destaque para Rebecca Soni, que venceu as disputas de 100m e 200m no estilo peito, e Melissa Franklin, campeã na prova de 200m costas e com um grande futuro pela frente, já que possui apenas 15 anos de idade e foi decisiva nas vitórias norte-americanas nos revezamentos, principalmente no 4x200m, em que obteve um tempo que lhe daria a medalha de ouro na disputa individual de 200m. Ao contrário de competições anteriores, em que as australianas venceram mais provas do que as norte-americanas, em Shangai o time feminino dos Estados Unidos saiu-se vitorioso em 7 provas, deixando a Austrália sem qualquer vitória. A Austrália foi uma grande decepção ao não vencer nenhuma prova, chegando apenas 8 vezes ao pódio. A volta de Lisbett Tricket pode mudar algum prognóstico para 2012, mas na verdade os EUA possuem maior envergadura que a Austrália nas disputas femininas. Mesmo nas ocasiões em que as australianas obtiveram mais vitórias, as norte-americanas foram as que mais colecionaram posições no pódio. A China teve um desempenho muito bom, apesar de ter decepcionado em algumas provas individuais. Poderia ter chegado a mais medalhas, mas a segunda posição no quadro de medalhas, atrás apenas dos EUA, são um bom indicativo do progresso do país. Quem sabe consiga melhorar até os Jogos de Londres-2012, embora o treinador da equipe já tenha declarado que o desafio será manter as conquistas deste mundial. O Reino Unido não teve o desempenho que esperava, já que algumas de suas nadadoras acabaram decepcionando. Destaque mesmo foi Rebecca Adlington, vencedora da prova dos 800m livre e segunda colocada na disputa de 400m. É uma forte concorrente para manter suas vitórias obtidas em Beijing-2008, quando saiu-se vitoriosa em ambas as disputas. A Holanda novamente se valeu de suas velocistas para manter uma posição de destaque, embora tenham vencido apenas a prova de revezamento. Ao menos alcançaram outras 3 posições no pódio, o suficiente para colocar seu país entre os destaques. A Itália ficou com 3 medalhas, duas de ouro, mas teve um dos grandes destaques do campeonato, Federica Pellegrini, campeã das competições de 200m e 400m estilo livre. 
O campeonato mundial de Shangai serviu para constatar a grande superioridade dos EUA em relação aos demais países, que mesmo evoluindo não conseguem se aproximar dos norte-americanos. Os EUA venceram 15 das 34 provas, quase metade do total, deixando 19 provas para os demais países. Há grande expectativa para os Jogos de Londres em 2012, mas o cenário que se apresentou em Shangai nos leva a crer que os Estados Unidos deverão manter sua posição de grande força mundial.